domingo, 2 de fevereiro de 2014

Saber dizer não...

À volta das praxes ficou tudo maluco!

As pessoas estão a confundir praxes com rituais estúpidos.

Se eu estivesse a entrar agora para a faculdade, tenho a certeza absoluta que os meus pais não me iam deixar ir à praxe.

Em relação ao acontecimento trágico, já não é a primeira vez que acontece algo tão grave.


Para mim, aquilo que aconteceu no Meco, não é praxe, são rituais patéticos, tipo sociedades secretas e deve ser dos muitos filmes e livros que se vêem e lêem e não se conseguir distinguir a realidade da ficção; Agora os jovens só se divertem  se enfrentarem a morte e fizerem coisas parvas e acham que isso é  que faz deles o máximo!


O que se passou no Meco, não é praxe, é fanatismo, é loucura!


É claro que ninguém era caloiro, nem inocente, ninguém estava lá obrigado!


É óbvio que o Dux não apontou uma arma à cabeça dos Doutores e eles podiam perfeitamente dizer não.


Foi muito grave claro, podia ter sido evitado, mas eles foram os únicos responsáveis.

Embora também pense que as praxes deverão ser feitas dentro das suas faculdades, com regras e com maior controlo.

Claro que aparece sempre jovens que acham que são os maiores e vão querer humilhar e mandar, mas aí nós, os que são praxados, temos que reagir e enfrentá-los.

Eu própria tive um Doutor que não sabia que eu era surda, dirigiu-se a mim e disse algo que eu não percebi pelo que lhe pedi para repetir, então ele, a gozar comigo, chamou-me burra!
Claro que não deixei passar, ele teve que me pedir desculpa e assim o fez.

É claro que se fosse hoje, de certeza absoluta, que os meus não me deixavam de maneira alguma fazer parte da praxe.

Nenhum deles entrou nas praxes, o meu pai diz que é uma forma de bulling, a minha mãe diz que é uma perda de tempo e o meu irmão que também não quis fazer parte da praxe, diz que é um bando de frustrados que tem na praxe a única hipótese de mandar em alguém;

Então o que vejo eu na praxe?




Eu já fui caloira duas vezes, e adorei, foi uma óptima experiência e deixou-me muito feliz, porque o meu objectivo era me integrar melhor no grupo, pois eu tenho muitas dificuldades em arranjar amigos, e aumentar a minha auto-estima, que é um pouco baixa.

Deu imenso resultado, senti-me igual às outras pessoas pois todos me respeitavam.

Também acho que em vez das praxes fazerem rituais parvos, podem sim fazer actividades de solidariedade, passeios culturais, festas temáticas, debates, etc.; e assim integrarem melhor os caloiros.

Coisas como comerem excrementos, lamber o chão, fazer de conta que estão a fazer sexo, despir ou outras coisas parecidas, para mim isso não é praxe e os caloiros devem saber dizer "NÃO".

Espero que as praxes não acabem mas tenham mais controlo e que isto sirva para alguns jovens perceberem que andam muito errados!

 Tenho o maior orgulho nas                            minhas afilhadas

Sofy*

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